Juros do crédito à habitação sobem pela primeira vez em 19 meses
A subida das Euribor já fazia adivinhar a inversão na tendência de queda nas prestações do crédito à habitação dos portugueses.
A taxa de juro implícita no conjunto dos contratos de crédito à habitação atingiu 1,817% em Julho, o que representa o primeiro aumento após 18 meses consecutivos de reduções, anunciou hoje o Instituto Nacional de Estatística.
De acordo com o relatório do INE, a subida verificada na taxa de juro implícita de Julho foi de 0,014 pontos percentuais. As taxas Euribor iniciaram o movimento ascendente em Abril, tendo acentuado as subidas nos meses de Junho e Julho.
Esta tendência, segundo o INE, começou assim a reflectir-se nas prestações do crédito à habitação dos portugueses no mês passado na totalidade dos contratos.
Olhando apenas para os novos contratos, a subida dos indexantes já se fazia sentir há mais tempo. Nos contratos celebrados nos últimos 3 meses, a taxa de juro implícita foi de 2,115%, 0,058 pontos percentuais superior à do mês precedente, com o valor médio da prestação vencida a registar um aumento mensal de 3 euros para 299 euros.
Nos contratos celebrados nos últimos seis meses a subida foi de 0,033 pontos percentuais e nos últimos 12 de 0,032 pontos percentuais.
As taxas de Julho não reflectem ainda na totalidade as subidas recentes das taxas Euribor, pelo que é de esperar que nos próximos meses se mantenha a subida das taxas de juro implícitas.
No mês de Julho, o valor médio do capital em dívida dos contratos de crédito à habitação em vigor era de 56.578 euros, o que representa um acréscimo de 81 euros face ao mês anterior.
fonte:Jornal de negocios