Crédito encolhe, malparado renova máximos
Os portugueses fogem cada vez mais ao pagamento dos empréstimos contraídos aos bancos, mas às estatísticas não podemos fugir: o malparado renovou máximos em agosto e, ao mesmo tempo, a concessão de crédito, tanto a famílias, como a empresas, está a baixar cada vez mais.
Em todas as frentes, o malparado sobe e o financiamento desce. No caso das empresas, o crédito de cobrança duvidosa subiu 516 milhões de euros em relação a julho, para 10.645 melhor, um novo recorde. Já os empréstimos caíram 844 milhões, para 108.515 milhões de euros, segundo os dados divulgados esta segunda-feira pelo Banco de Portugal, no seu Boletim Estatístico.
Às famílias, os bancos também estão a dificultar o financiamento há já seis meses consecutivos. Os empréstimos baixaram, no total, 536 milhões de euros em agosto, para 136.017 milhões.
E o malparado, ao contrário, subiu para níveis também nunca antes vistos: vai em 4.977 milhões de euros entre os particulares, acusando um aumento de 34 milhões de euros num mês - menor do que o verificado entre as empresas.
Se olharmos apenas para a habitação, que abrange o grosso do crédito concedido em Portugal, os empréstimos baixaram de 111.369 milhões de euros para 111.041 milhões, com o malparado a aumentar 13 milhões de euros para 2.186 milhões.
Também no crédito ao consumo houve menos empréstimos e mais malparado: no primeiro caso, a descida foi de 123 milhões de euros; já o incumprimento alcançou os 1.567 milhões de euros.
Nos empréstimos destinados a outros fins, o mesmo cenário, uma vez que o crédito caiu de 11.316 para 11.232 milhões de euros e o malparado aumentou de 1.216 para 1.224 milhões de euros.
fonte:http://www.agenciafinanceira.iol.pt/ec