Financiamento automóvel qual a melhor opção?
Em regra, o leasing ou ALD são as melhores opções se não fizer questão de ser proprietário do automóvel desde o início. Já se desejar ser logo dono tem o crédito bancário. Quem necessita de montantes elevados, a reembolsar em prazos mais dilatados, e possui um imóvel como garantia também pode considerar o crédito hipotecário. Deixámos de fora o renting porque as rendas são definidas por variáveis pouco claras.
O Banco de Portugal anuncia periodicamente a TAEG máxima que as instituições podem co brar. Para o segundo trimestre, é de 7,7% no ALD e leasing e 11,1% no crédito (carros novos com reserva de propriedade). Se detectar TAEG superiores às legais, guarde um comprovativo e registe a queixa no livro de re clamações da instituição ou no Portal do cliente bancário.
Não quero ser dono
- No ALD e leasing, a instituição compra o veículo e permite que o consumidor o utilize mediante uma renda mensal. As taxas de juro são mais baixas do que no crédito bancário e não paga imposto de selo pela abertura do crédito e juros. Já o imposto de circulação automóvel e a inspecção correm por conta do locatário. Estas modalidades não se destinam a automóveis em segunda mão.
- Ao optar pelo ALD, obriga-se a comprar o carro por contrato-promessa, assinado ao mesmo tempo que o de locação financeira. No leasing, também pode comprar, mas não é obrigatório. Estas modalidades exigem o preenchimento de uma livrança em branco como garantia. Pode ainda ser pedido um aval ou fiança.
- Uma parte do capital é deixada para o fim (valor residual). A maioria das instituições define mínimos simbólicos ou 2% do valor financiado. Para ficar com o carro, tem de transferir a propriedade. Por vezes, a operação é gratuita. Em certas instituições, atinge os 240 euros.
- Se amortizar o capital antes do prazo, não pode ser penalizado no caso de taxas variáveis. Nas fixas, a comissão é, no máximo, de 0,5% (0,25% no último ano de contrato).
Quero o meu carro já
- No crédito, a maioria das instituições pede a reserva de propriedade em seu nome. Quando não o fazem, as taxas de juro são mais elevadas. Algumas instituições cobram encargos com a reserva de propriedade. Para anulá-la no fim do prazo, podem exigir uma comissão. Se amortizar o crédito antes do previsto, fica sujeito às mesmas penalizações do ALD e leasing.
- Poucas instituições atribuem períodos de carência: meses em que paga apenas juros e não amortiza capital. Também não é comum permitirem que parte da dívida seja paga no fim (diferimento de capital), solução a evitar. Durante o prazo, amortiza parte da dívida, mas paga juros pela totalidade.
- Se as prestações não forem saldadas, as instituições podem terminar o contrato e executar as garantias. Mas o mais habitual é procurarem alternativas. Por exemplo, o prazo é alargado e as garantias alteradas. Ainda assim, podem ser cobrados juros de mora, a 4 por cento.
Truques para baixar os custos
- Nem sempre o ALD e o leasing ficam mais baratos do que o crédi to. O seguro de danos próprios, que aconselhamos até aos 4 anos do carro, é obrigatório nas primeiras modalidades. Se não tiver interesse, o crédito pode ficar mais barato. Fizemos as contas para um homem de 30 anos com carta há mais de 10. As mulheres podem pagar um pouco menos. A poupança, de cerca de 350 euros, torna o crédito mais barato. Mas a opção só é válida para quem não quer o seguro.
- As taxas máximas que as instituições anunciam podem baixar com negociação. Comece por esgrimir argumentos junto do seu banco. Anti guidade, historial de bom cliente e produtos ou serviços contratados: use-os a seu favor. Se necessário, peça simulações noutras insti tuições e apresente-as como trunfo.
- Se não conseguir baixar a taxa, considere contratar um crédito pes soal. Por vezes, são praticadas taxas competitivas face às do financiamento automóvel.
fonte:Deco Proteste
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