Crédito cai 6,6% até Abril
A ASFAC (Associação de Instituições de Crédito Especializado) revela os indicadores do primeiro trimestre de 2013. A concessão de crédito baixou no primeiro trimestre do ano face ao trimestre homólogo, cifrando-se nos 860 milhões de euros.
A concessão de crédito baixou 6,6% no primeiro trimestre do ano face ao trimestre homólogo, cifrando-se nos 860 milhões de euros, de acordo com os dados da Associação de Instituições de Crédito Especializado (ASFAC). Face ao último trimestre de 2012 a quebra foi de 3,8%. Esta quebra deve-se sobretudo ao crédito clássico concedido a particulares, que representa 91,7% do total do crédito clássico concedido, e cuja descida foi de 12,6%.
O comunicado da ASFAC salienta que este tipo de crédito registou uma quebra de 11,9%, representando apenas 31,8% do total de crédito concedido. Contudo, também o crédito stock apresentou um recuo de 20%, representando 40,4% do total de crédito concedido pelas associadas da ASFAC, em comparação com o mesmo período do ano passado.
Em sentido contrário, o crédito revolving apresenta uma evolução de 35%, confirmando o movimento ascendente que se observou ao longo de 2012 (esta subida está relacionada com o aumento do número de pontos de venda do produto).
A grande fatia (64%) dos montantes concedidos no crédito clássico continua a ser destinada à aquisição de meios de transporte, seguindo-se a aquisição de artigos para o lar com 18% e o crédito pessoal com 14%. Verificou-se, no entanto, um aumento de 4,5% do montante concedido em crédito total face ao mesmo trimestre do ano anterior, ao contrário do que sucedeu com a aquisição de meios de transporte, que decresceu 16,9% e com o crédito lar, cuja quebra foi de 10,3%.
O presidente da ASFAC, António Menezes Rodrigues, considera que "esta tendência de decréscimo dos montantes [de crédito] concedidos irá manter-se ao longo dos próximos meses, uma vez que a situação económica e financeira do país, que levou ao aumento do desemprego e aos baixos níveis de confiança dos portugueses, irá manter-se."
fonte:http://economico.sapo.pt/