Banca trava crédito ao sector privado
O crédito concedido pelos bancos a residentes da zona euro registou uma queda de 0,5 pontos percentuais em Junho.
De acordo com dados do Banco Central Europeu (BCE) divulgados hoje, a taxa de crescimento anual do agregado monetário M3 em Junho foi de 2,1%, que compara com os 2,5% registados em Maio.
Isto significa que a multiplicação da moeda em circulação na zona euro pela sua velocidade voltou a cair significativamente, mas em linha com a taxa anual de 2% verificada durante o primeiro semestre.
Recorde-se que o agregado monetário M3 é um dos indicadores mais acompanhados pelo BCE nas suas decisões de política monetária por funcionar como um bom espelho da inflação no futuro.
Em relação às componentes do M3, o BCE revela que a taxa de crescimento anual dos empréstimos disponibilizados pela banca a residentes da zona euro fixou-se nos 2,6% no mês passado, quando em Maio tinha sido de 3,1%.
Repartindo este número, fica-se a saber que, em Junho, a taxa de crescimento do crédito aos governos do espaço da moeda única registaram uma contracção de 1,1 pontos percentuais face a Maio, ao atingirem uma taxa anual de 4,6% em Junho; e o crédito ao sector privado registou um crescimento anual de 2,2%, em comparação com uma taxa de 2,5% verificada em Maio.
O crédito concedido às famílias também registou uma contracção no mês passado, com a taxa de crescimento anual a figurar nos 3,2%, que compara com uma taxa de 3,4% observada em Maio.
Destaque para a ligeira contracção do crédito para a compra de casa, que passou de uma taxa anual de 4,4% em Maio para 4,3% em Junho.
No sentido oposto esteve o crédito concedido às empresas não financeiras. Segundo a autoridade monetária da zona euro, a taxa de crescimento anual dos empréstimos a estas companhias aumentou para 1,5%, depois de em Maio ter sido de 0,9%.
Na componente de depósitos, a tendência desenhada pelos agentes económicos foi igualmente de queda. De acordo com o BCE, a taxa de crescimento anual dos depósitos realizados pelas famílias caiu de 2,3% em Maio para 2,1% em Junho.
Estes números comparam com uma subida de 0,8 pontos percentuais dos depósitos realizados pelas empresas não-financeiras, que no mês passado contabilizaram uma taxa de crescimento anual de 4,5%.
fonte:http://economico.sapo.pt/