Crédito: «Não há escassez mas reorientação do financiamento»
O administrador da Caixa Geral de Depósitos (CGD) Nuno Fernandes Tomaz disse esta terça-feira que não há escassez de crédito, mas admitiu que há uma reorientação do financiamento concedido.
«Nós, CGD, não temos qualquer escassez de crédito, pelo contrário, queremos crescer no crédito às PME» [pequenas e médias empresas], afirmou o administrador do banco público, durante o SAS Fórum Lisboa 2012, que decorre hoje no Centro de Congressos de Lisboa.
«Não há escassez de crédito. Há - e isso tem de haver - um processo mais rigoroso e seletivo. Há uma reorientação do crédito, além do imobiliário e da construção», acrescentou Nuno Fernandes Tomaz.
O administrador da CGD considerou ainda que «os bancos não devem subsidiar as empresas, mas sim financiá-las».
No passado dia 16 de março, o presidente do BES, Ricardo Salgado, recusou a existência de um «credit crunch» [crise de crédito] na economia portuguesa mas admitiu que há escassez de crédito em alguns setores, sobretudo em empresas que trabalham quase exclusivamente no mercado interno.
«Não há um credit crunch global. Pode haver credit crunchsetorial em empresas viradas para mercado interno», afirmou na altura Ricardo Salgado, num encontro com jornalistas, em Lisboa.
Ricardo Salgado disse mesmo que o banco tem aumentado o crédito concedido às Pequenas e Médias Empresas (PME) exportadoras.
fonte:http://www.agenciafinanceira.iol.pt/f